Pesquisas agora servem ao jogo político, mas podem mostrar algo relevante

Pesquisas eleitorais, a anos (ou mesmo meses) de uma eleição, servem para algumas coisas. Mas são inúteis para outras.

Permitem, por exemplo, identificar o nível da avaliação positiva de determinada pessoa, embora isso, a rigor, possa não significar muito do ponto de vista eleitoral. Também servem para dimensionar a notoriedade de alguém, mostrando se o recall de um nome é alto ou baixo, o que, no entanto, tampouco tende a ser relevante na hora da decisão.

Boa imagem, às vezes, não quer dizer nada. Já vimos, em diversas eleições para prefeito, governador e presidente, como pessoas bem avaliadas podem desaparecer na urna. Inversamente, são vários os exemplos de indivíduos detestáveis que terminam ganhando. Notoriedade, de outro lado, é tudo que alguém precisa para ter uma boa largada na corrida eleitoral, mas costuma ser insuficiente para chegar à reta final com chance de vencer.

Pesquisas muito distantes da eleição servem mesmo como recurso no jogo politico. Quem contrata hoje uma pesquisa a respeito da eleição de 2020, por exemplo, vai querer usá-la procurando, com seus resultados, afetar a movimentação de aliados e desafetos. Estar bem ou mal em uma pesquisa pode fazer com que o cacife de alguém aumente ou fique menor.  Essas pesquisas são, no entanto, inúteis para estimar o voto que os candidatos teriam. Eleição, como se sabe, é uma escolha real, entre candidatos reais, em um momento real. Neste início de 2020, perguntar às pessoas em quem votariam se a eleição para presidente fosse hoje, é apenas um jogo. Para a quase totalidade do eleitorado, nada do que será relevante daqui a três anos é conhecido. Como estará o País? Para qual proporção de pessoas terá dado certo a aposta em um desqualificado como Bolsonaro? Quais serão os concorrentes? Lula, o preferido da maioria, vai disputar a eleição?    Mas e para prefeito? O que significa ?

Como se vê, apesar de suas limitações, pesquisas muito antes da hora podem mostrar algumas coisas. Mais do que alguns gostariam. Mas e se alguém em fevereiro estiver bem…. Quando se pensa em pesquisas eleitorais, a primeira coisa que vem à cabeça das pessoas são os resultados das pesquisas para presidente e governador, ou seja, quais serão os futuros governantes de seus estados e seu país. Mas como funcionam as pesquisas eleitorais para os cargos de prefeito e vereador? Se você ainda não sabe como são feitas as pesquisas eleitorais para prefeito e as pesquisas eleitorais para vereador, não se preocupe.

Pesquisas eleitorais para prefeito

Uma pesquisa de intenção de voto para prefeito de uma cidade é bem mais simples de fazer do que uma para presidente. O motivo principal é geográfico: é muito mais fácil conseguir ter um panorama das eleições em uma cidade do que no país inteiro. Enquanto na pesquisa para presidente a população é mapeada por estados e capitais, nas pesquisas para prefeito o mapeamento é feito nos bairros da cidade e em muitas cidades na zona rural. Além dos fatores geográficos também são levados em conta outros fatores para a construção da amostragem. Nas pesquisas municipais estes outros fatores são definidos pelas peculiaridades do local. Por exemplo: uma cidade com população rural pode modificar a abordagem da pesquisa usando como um dos critérios se a pessoa trabalha no campo ou no centro urbano. Uma cidade com grande fluxo migratório pode levar em conta o tempo em que o entrevistado está na cidade. As pesquisas para prefeito podem conter questões espontâneas ou estimuladas. No primeiro caso, o nome dos candidatos não é passado aos pesquisados. Já no segundo é passada uma lista com o nome dos postulantes ao cargo no executivo. Em cidades que podem ter segundo turno (com mais de 200 mil eleitores), também é feita uma pesquisa de simulação de segundo turno. Outra opção são as questões de rejeição, que aliadas ao perfil e imagem dos candidatos, servem para medir o potencial de cada um deles e até mesmo montar as melhores chapas.

Mas de toda maneira uma pesquisa eleitoral no incio de um jogo político tem pequena ou quase relevância nenhuma a cerca de 8 meses antes de uma eleição, hoje em dia o que vale e muito é um bom programa de governo e REDES SOCIAIS, e nesses tempos de Fake News, as mentiras propagadas podem pegar e decidir uma eleição, veja Bolsonaro…

Além da pesquisa para prefeito oferecer todo um panorama a respeito da situação atual da administração pública municipal e dos feitos do governante de determinada prefeitura do ponto de vista do eleitorado, ela também revela as potenciais coligações. Coligação é o nome que se dá à união de dois os mais partidos políticos que apresentam, de forma conjunta, seus candidatos para determinada eleição. A partir da pesquisa para prefeito, fica bem mais fácil selecionar aquele candidato que tem potencial o suficiente para vencer as eleições. Além disso, a pesquisa também colabora para firmar possíveis parcerias partidárias bem vista pelo eleitorado, contribuindo, assim, para eleger o candidato à prefeito.

rejeição ou aprovação de determinados candidatos, no caso, índices de rejeição ou aprovação, bem como a situação dos serviços oferecidos e obras concluídas pelos gestores públicos dos municípios são algumas das informações que podem ser alcançadas a partir da aplicação da pesquisa de intenção de voto para prefeito na população em geral. A pesquisa reflete a satisfação ou a insatisfação do eleitorado com relação aos gestores públicos.

E um detalhe aprovação de gestão não quer dizer eleição garantida.