====Giro pelos Blog’S—(Terça-feira\26.05.2020)====

Sem Moro, Federal volta a agir

Em entrevista ao Frente a Frente de ontem, o vice-líder do Governo no Senado, Francisco Rodrigues (DEM-RR), admitiu que a Polícia Federal vem seguindo uma nova orientação depois da saída do ex-ministro Sérgio Moro e da mudança do seu comando, em Brasília. “Perceba que as operações, que haviam sido suspensas, estão voltando”, disse, citando em seguida o seu próprio Estado, Roraima, como objeto de ação, além dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso.

Coincidência ou não, o fato é que Fortaleza amanheceu, ontem, cercada de policiais federais. Ali, a Federal constatou que respiradores comprados pela Prefeitura e o Instituto Doutor José Frota (IJF) para tratamento de pacientes com a Covid-19 custaram cerca de R$ 234 mil, valor até quatro vezes mais caro do que o adquirido por outras instituições e prefeituras brasileiras, segundo o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), que deflagraram a Operação Dispneia , junto com a PF, para investigar o caso.

O mesmo equipamento foi comprado em outras cidades do País por R$ 60 mil, para o enfrentamento da pandemia. Já o estado do Ceará pagou R$ 117 mil por um respirador, ou seja, metade do preço contratado pelas autoridades de Fortaleza. Dois contratos de dispensa de licitação realizados para compra de 150 respiradores são objeto da operação da Polícia Federal. A suspeita é de que o prejuízo aos cofres públicos pode chegar ao valor de R$ 25,4 milhões.

O contrato foi assinado em 30 de abril entre Prefeitura e uma empresa de São Paulo, prevendo o recebimento dos ventiladores pulmonares até o dia 4 de maio. O prazo curto seria a justificativa para a cobrança do valor acima de mercado. No entanto, a empresa contratada pediu flexibilização do prazo até dia 15 de maio, mas os equipamentos nunca foram entregues.

O pagamento de cerca de R$ 25 milhões pelo material feito antecipadamente pela Prefeitura, sem exigência de garantia, é uma das irregularidades investigadas. A PF afirma que a empresa não tinha condições de fornecer os respiradores, com “duvidosa capacidade técnica e financeira” e capital social que não permite comprar sequer um equipamento. Além disso, a empresa já respondia a uma investigação em Rondônia por não fornecer testes rápidos contratados naquele estado.

Fim do engessamento – Na live pelo Instagram deste blog, terça-feira passada, o presidente Bolsonaro foi abordado sobre o engessamento da Polícia Federal e insinuou que o responsável teria sido o ex-ministro Sérgio Moro. “Quem tiver fazendo coisa errada que se cuide”, alertou. No caso de Pernambuco, Bolsonaro admitiu mudanças no comando da Polícia Federal, mas com a ressalva de que o isso caberia ao novo diretor-geral e que não iria interferir. “O presidente se elegeu para combater a corrupção e não deixar roubar”, disse o senador Francisco Rodrigues quando indagado sobre a operação de ontem na capital cearense.

Bola da vez – Não há ainda conformação, mas Recife deve ser a próxima etapa da operação Dispneia, da Polícia Federal, que investiga superfaturamento em contratos para compras de equipamentos de proteção hospitalar para uso dos profissionais de saúde na rede do SUS, o Sistema Único de Saúde. As suspeitas recaem na compra também de respiradores como se deu em Fortaleza. Na sexta-feira passada, a Polícia Federal fez uma “visita surpresa” à Prefeitura do Recife, que comprou 500 respiradores, pela bagatela de R$ 11,5 milhões, a uma empresa MEI – Microempreendedor Individual – com limite de faturamento de apenas R$ 81 mil. O que impressiona é o ramo da empresa contratada, além do espaço em que funciona. A empresa era um pet shop de bairro, começou a funcionar em outubro de 2019.

Irregularidades – “Nós tivemos acesso à fábrica dessa empresa. Com todo respeito, parece uma oficina mecânica. A população vai se assustar quando tiver acesso às fotos”, relata o procurador do MT de Contas do Estado, Cristiano Pimentel. Autor do pedido de investigação ao TCE, Pimentel levantou outra grave irregularidade: um impasse envolvendo a fornecedora e a Justiça de São Paulo em 2015. “Esta empresa, em 2015, foi declarada pela Justiça Federal de São Paulo como lugar incerto e não sabido. Ou seja, ela estava sumida da Justiça alguns anos atrás e hoje está vendendo respiradores para a Prefeitura do Recife”, disse.

Empresa fajuta – No caso de Fortaleza, a PF afirma que a empresa não tinha condições de fornecer os respiradores, com “duvidosa capacidade técnica e financeira” e capital social que não permite comprar sequer um equipamento. Além disso, a empresa já respondia a uma investigação em Rondônia por não fornecer testes rápidos contratados naquele Estado. Com o descumprimento do prazo, a Prefeitura de Fortaleza cancelou um dos contratos, oficialmente, com publicação no Diário Oficial do Município. Porém, o dinheiro ainda consta nas contas da empresa, de acordo com a PF. Com isso, a investigação segue para identificar se há conluio entre as empresas e favorecimento de personagens públicos.

CURTAS

ATRASO – A demora do presidente Bolsonaro em sancionar a lei que autoriza o repasse direto da ajuda de R$ 60 bilhões para Estados e municípios enfrentarem os efeitos da covid-19 deixou prefeitos de todo o País em estado de alerta. Entidades municipalistas afirmam que pode haver atrasos nos pagamentos dos salários de maio dos servidores. As cidades têm sofrido com a queda na arrecadação e contam com o auxílio federal para recuperar seus caixas. Bolsonaro tem até amanhã para sancionar a proposta – que já está em sua mesa há quase 20 dias. Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Glademir Aroldi, o atraso tem impactos diretos na economia local. Ele lembra que os profissionais da Saúde também poderão ser atingidos.

ALERTA MUNICIPAL – Segundo Aroldi, o Ministério da Economia informou que, a partir da sanção, pode-se demorar cerca de sete dias para os valores chegarem aos cofres dos municípios. Assim, os salários correm o risco de ficar para depois do quinto dia útil de junho. Torneira secou. As duas entidades destacam que, mesmo com a recomposição de receitas que caíram e a ajuda do governo federal, os municípios deverão enfrentar ainda mais dificuldades a partir do segundo semestre. “Até agosto vamos sobreviver, mas, depois, não há nenhuma ajuda prevista”, afirmou Aroldi.

DANIEL SILENCIA – A Academia Pernambucana de Medicina (APM) lançou, ontem, um manifesto em que pede às autoridades que sejam estabelecidas medidas imediatas ainda mais duras de isolamento social na pandemia da Covid-19. Segundo o presidente da entidade, o neurocirurgião Hildo Azevedo, esse mecanismo é o mais eficiente para a redução dos danos aos sistemas de saúde e para salvar mais vidas no combate à doença causada pelo novo coronavírus. “O foco desse manifesto é enfatizar o maior isolamento social possível. Se não fizermos isso, o nosso sistema de saúde irá colapsar. Não só para atender os doentes da Covid-19, mas também o Sistema Único de Saúde (SUS), que tem responsabilidade em Pernambuco de tratar 80% da população. Temos que continuar nessa luta do isolamento social”, afirmou o presidente da APM, em entrevista à repórter Beatriz Castro, da TV-Globo.

Perguntar não ofende: Quando Governo e oposições vão deixar as indiferenças de lado para salvar o povo da morte da Covid?

—-| ==Coluna do FinFa==|—-

Disse – “O mandato foi concedido por quatro anos.anos. Não faz o menor sentido adiamento por dois anos. E não é justo nem faz sentido mudar regra do jogo com jogo sendo jogado. É natural que muitos prefeitos queiram ficar mais dois anos no cargo. Mas uma coisa é eles quererem, outra coisa é efetivamente ter votos para fazer,do mesmo jeito que eles querem, tem muitos que querem disputar, tem deputados que são candidatos”. (Augusto Coutinho (Solidariedade), um dos coordenadores da bancada de Pernambuco na Câmara Federal)

Em live – O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), na ‘LIVE’, do Gabinete de Crise, condenou o comportamento de algumas pessoas que não estão fazendo do isolamento social, estão mesmo realizando festas em bairros e até na zona rural. “São farras em chácaras, todo mundo bebendo, achando que esta pandemia é brincadeira, as consequências poderao vim depois”. O prefeito anunciou a instalação de uma cabine de desinfecção na Praça Sérgio Magalhães e a realização de testes swab, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Alertou – Um profissional da saúde de Afogados da Ingazeira, em contato com o blog, alertou: “Serra Talhada, São José do Egito, Iguaracy, Tabira, Flores, Itapetim, estão todas com suas estruturas de campanha para receber os pacientes com Covid-19. Tá na hora do Governo Municipal de Afogados da Ingazeira, providenciar a sua estrutura, visto que Hospital Regional Emília Câmara, só tem quatro leitos, para receber os pacientes contaminados dos 12 municípios”.

Você sabia – Que o número de casos do novo coronavírus no Sul do país quase dobrou na última semana, de acordo com levantamento do UOL com os dados do Ministério da Saúde. O crescimento acontece em um período em que os estados da região têm flexibilizado as medidas de isolamento social, permitindo a reabertura do comércio e de instalações religiosas, por exemplo. Dois fatores podem ser as causas para o resultado: os baixos índices de isolamento social em dias úteis nos três estados da região e a taxa de reprodução do vírus.Na semana epidemiológica 20, cuja referência é o período entre 11 e 17 de maio, os três estados do Sul haviam acumulado 2.991 novos casos de pessoas com a covid-19. Na semana 21, encerrada no domingo (24), foram 5.581, um crescimento de cerca de 86%.Sem caso – A Secretaria de Saúde de Calumbi-PE, atualizou nesta segunda-feira (25/05) o boletim epidemiológico do COVID-19 no município, que segue sem nenhum caso confirmado.

Perguntar não ofende – Quem foi o responsável que contratou o motorista sem Carteira de Habilitação, para prestar serviço na Secretaria de Ação Social de Afogados da Ingazeira?

Congresso decide adiamento de eleições após 30\06

Congresso só vai decidir sobre adiamento de eleições após 30 de ...Líderes do Senado decidiram que só tomarão alguma decisão sobre possível adiamento das eleições municipais deste ano após 30 de junho. O anúncio foi feito pelo senador Weverton Rocha, líder do PDT e hoje um dos mais próximos de Davi Alcolumbre. “Até 30 de junho, não iremos decidir nada. Vamos esperar para ver os efeitos desta pandemia, da curva desta pandemia no Brasil, para, daí, tomarmos uma decisão. Até lá, não tem nada definido.”