| | | – Giro pelos Blog’S quinta-feira 05/01/2023 – | | |

Um deputado contou, ontem, que o secretário da Casa Civil, Túlio Villaça, começou a ligar para todos os parlamentares da base governista com o intuito de acalmar os mais angustiados e insatisfeitos com a falta de atenção da governadora. Os afagos passam pela distribuição de cargos no segundo escalão, já que o primeiro foi montado sem a convocação de políticos.

Na primeira reunião do Secretariado, ontem, a governadora saiu afirmando que montou o melhor time para enfrentar os desafios da mudança, mas pelo menos na Educação a repercussão não é boa com a escolha da secretária Ivaneide Dantas, por ser uma ferrenha defensora das teses bolsonaristas, tendo feito campanha em Jaboatão pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

Convocação vai sair – Logo após o encerramento, ontem, da primeira reunião com o Secretariado, Raquel informou que encaminha, ainda esta semana, o pedido de convocação da Alepe. “É natural que a mudança que me trouxe até aqui me cause uma inquietação, o que importa é que sabemos para onde caminhar. Haverá novos decretos, reforma administrativa a ser encaminhada para Assembleia Legislativa esta semana”, disse a governadora, confirmando o envio da proposta. Ela só não falou da vassourada que deu, sem piedade, em quase três mil servidores.

Time dos contra – Diante do clima adverso na Assembleia Legislativa, os deputados já começam a abrir o voto contra a reforma administrativa e a indicação de Thallyta Figueirôa para Fernando de Noronha. “De largada, já vou dizendo que voto contra”, afirmou o deputado Romero Albuquerque, do União Brasil, partido que Miguel Coelho, disputou as eleições passadas para o Governo do Estado, presidido nacionalmente pelo deputado federal Luciano Bivar. Outro que promete votar contra é Alberto Feitosa, do PL, terceiro mais votado entre os 49 da Alepe.

Mudanças necessárias – Da governadora Raquel Lyra (PSDB) ao insistir na tese de que a vassourada era necessária. “Conforme o texto da norma, as áreas essenciais estão resguardadas e todos os serviços que envolvem o atendimento ao público estão sendo priorizados. O decreto reflete a necessidade de adoção de medidas administrativas de início de mandato, típicas de um processo real de transição, no sentido de garantir as mudanças necessárias para o Estado”.

Lupi desmoralizado – O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), destacou, ontem, que o Planalto ainda não estuda qualquer proposta de atualização da reforma previdenciária, ao contrário do que afirmou Carlos Lupi (PDT) ao tomar posse do Ministério da Previdência. “Não há nenhuma proposta sendo analisada ou pensada neste momento para revisão de reforma, seja previdenciária ou outra. Neste momento, não tem nada sendo elaborado”, declarou o ministro, após a posse de Geraldo Alckmin como ministro da Indústria.

Decreto na pauta – Para o deputado João Paulo, da bancada do PT na Alepe, a Casa teria que ser convocada também para votar o decreto da “Vassourada”. Não deu oportunidade nenhuma de o servidor se preparar. Mais grave ainda é a transferência das atribuições. Para os secretários chegarem às secretarias, requer todo um conhecimento de um governo do Estado. Só da gestão do PSB foram 16 anos de acúmulo de conhecimento, de pessoas com experiência que teriam que repassar esses serviços para os outros”, resmungou.

CURTAS

A DERRAPADA – Em seu ato de posse, o novo ministro da Previdência, Carlos Lupi, dedicou a maior parte do discurso inaugural para atacar a reforma da Previdência, aprovada em 2019. Na visão do chefe da pasta, o enrijecimento das regras de aposentadorias e pensões não seria necessário, uma vez que não haveria déficit entre as contribuições e pagamentos de benefícios.

AGRONEGÓCIO DERROTADO – O PT venceu a disputa com lideranças do agronegócio e terá o controle da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O deputado estadual Edegar Pretto, do PT do Rio Grande do Sul, assumirá o cargo.

Perguntar não ofende: Quanto o Estado vai economizar com a reforma cabelo de freira de Raquel?

Consolidado como o maior nome da Oposição ao Governo Raquel Lyra, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e sua equipe estudam participar na articulação da eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, que acontece no dia 1º de fevereiro.

Com seu partido contabilizando treze cadeiras na Casa de Joaquim Nabuco, João poderá ser protagonista desse processo eleitoral interno se “jogar o xadrez certo”, avalia aliado em reserva. Ele sabe que se consolidar uma derrota para Raquel, irá por consequência engessar o governo da tucana pelos próximos dois anos. Porém, o herdeiro de Eduardo não pode subestimar o poder do Palácio.

Para fazer frente na eleição da Alepe, o prefeito João Campos precisará aparar as arestas e garantir a unidade dentro de sua própria legenda. Ele chegou a marcar um almoço com a bancada, que não aconteceu por causa dos seus compromissos em Brasília.

OBRAS A TODO VAPOR – Por falar em João Campos, o gestor vem tocando obras num ritmo acelerado na capital pernambucana. O prefeito vem acompanhando pessoalmente as intervenções de drenagem no centro da cidade.

REFORMA – Na próxima semana, João Campos deve iniciar uma série de conversas para fazer uma reforma no seu secretariado. Nomes como Marcelo Canuto e Nilton Mota, entre outros, devem fazer a passagem do Governo para a PCR. Mesclar nones experientes com novatos é a saída para alavancar a gestão.

RÁPIDAS

FORÇA – A exemplo do Governo Federal, toda nomeação feita no Governo Raquel Lyra passa antes pelo crivo do chefe da Casa Civil, Túlio Vilaça. Isso é a prova do controle que a governadora tem da sua gestão.

UNALE – O deputado estadual pernambucano Diogo Morais (PSB) assumiu ontem a presidência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). A instituição tem peso e dimensão nacionais.

PINGA-FOGO: Quem João Campos vai apoiar para presidente da Alepe?

blog do Ednar Lyra

Alepe busca presidente que defenda a Casa no próximo biênio 

A Assembleia Legislativa de Pernambuco volta aos trabalhos no próximo dia 1 de fevereiro com a nova composição eleita no ano passado. Dentre os parlamentares, 25 remanescentes da legislatura passada e 24 novatos. Além do mais, os dois principais cargos da mesa diretora, presidência e primeira-secretaria, atualmente ocupados por Eriberto Medeiros e Clodoaldo Magalhães, eleitos deputados federais, estão completamente abertos para novos ocupantes.

As duas maiores bancadas da Casa são o PSB com treze deputados e o PP com oito, já o PSDB, partido da governadora ficou com apenas três deputados estaduais. Isso mostra que o Palácio do Campo das Princesas não terá a influência que poderia ter caso o partido da governadora Raquel Lyra tivesse feito a maior bancada.

Para a disputa pelo principal cargo da mesa, a presidência, três parlamentares já se colocam abertamente como opção, Alvaro Porto (PSDB), do partido da governadora, Antônio Moraes (PP), que já foi tucano e apoiou Raquel no segundo turno, e Alberto Feitosa (PL), que pretende adotar um tom de maior independência em relação ao Palácio do Campo das Princesas, caso seja escolhido pelos seus pares.

Nos bastidores, mais do que o aval da governadora para a escolha, deverá prevalecer junto aos parlamentares aquele se apresentar como um presidente que defenda os interesses da Casa Joaquim Nabuco, sobretudo em meio ao grau de incerteza causado pela falta de um interlocutor político com autonomia designado pela governadora. Raquel, por sua vez, precisará se debruçar sobre a eleição da mesa diretora, para não ser surpreendida com um nome que seja diametralmente oposto ao seu governo, e mesmo que não tenha controle sobre a disputa pelo comando do legislativo, mas tenha em mente que não poderá atrapalhar um nome mais alinhado com seu governo, sob pena de ter um biênio ainda mais complexo na relação com o legislativo.

Contraponto – Assim como no governo Michel Temer, quando Pernambuco chegou a ter cinco ministros, todos adversários do então governador Paulo Câmara, o presidente Lula escolheu três ministros pernambucanos, André de Paula (Pesca), José Múcio Monteiro (Defesa), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia). Eles terão a incumbência de fazer o contraponto federal ao governo Raquel Lyra, que tem uma postura de independência em relação a Lula.

Relação antiga – A governadora Raquel Lyra escolheu Ivaneide Dantas para a secretaria de Educação e Esportes do estado, fato que causou muito questionamento pelo fato de Ivaneide ter participado da gestão de Anderson Ferreira em Jaboatão dos Guararapes. A nova titular da Educação tem uma relação com a governadora desde quando Raquel foi secretária de Eduardo Campos, e na pré-campanha, durante o Levanta Pernambuco, Ivaneide foi responsável pela preparação do programa temático da educação do movimento que tinha Raquel e Anderson como integrantes.

Pauta positiva – Aliados da governadora Raquel Lyra têm sugerido que ela priorize nos próximos dias uma pauta positiva, a exemplo do lançamento de algum programa ou início de alguma obra que ela prometeu na campanha para virar a página dos últimos acontecimentos que causaram insatisfação em diversos setores da sociedade.

Inocente quer saber – Qual deputado reúne as melhores condições para presidir a Alepe?

Com a posse da governadora Raquel Lyra (PSDB) e dos chefes de executivo não apenas nos estados mas também de Lula (PT) na presidência, os olhares do meio político se voltam agora para duas eleições que tem um peso importante: a presidência da Assembleia Legislativa e a Amupe. A eleição para a presidência do legislativo estadual acontece no dia 01 de fevereiro e nos bastidores já existe uma disputa interna para ver quem consegue a maioria de votos dos 49 deputados estaduais eleitos e que tomarão posse no dia 01.

Os nomes lembrados até o momento são os de Álvaro Porto (PSDB) e Antônio Moraes (PP). É improvável que haja um consenso entre os dois para que não ocorra a disputa. No último biênio, Álvaro disputou a eleição com Eriberto Medeiros que na época estava no PP. Medeiros foi vitorioso e conseguiu o feito de presidir a Alepe durante esta legislatura que acaba agora em 31 de janeiro. Álvaro não conseguiu ser vitorioso mas passou a ter seu nome lembrado após a vitória de Raquel Lyra ao Governo. Ainda no primeiro turno, quando a tucana passou a ser a favorita para vencer o pleito, os deputados já davam como certa a entrada de Álvaro Porto no páreo. O tucano subiu no palanque de Raquel desde a fase do movimento Levanta Pernambuco e de lá não desceu mais.

Álvaro teve o nome referendado pelo ex-senador Armando Monteiro que foi um dos grandes entusiastas da campanha de Raquel. Mas, não será uma eleição tá fácil e é preciso ver como se dará os próximos passos e às ações tanto de um quanto do outro. Antonio Moraes que tem seu nome lembrado para a disputa é querido na Casa e pode surpreender. Ele tem o apoio de parte do União Brasil, do seu partido, o PP. Moraes também espera ter o apoio dos deputados do PSB. O que dificulta a situação de Moraes é que a oposição a Raquel não está unida ao seu nome. A título de exemplo, os deputados estaduais eleitos pelo Solidariedade (partido de Marília Arraes que disputou com Raquel) já manifestaram o desejo de votarem em Álvaro Porto.

Para algumas figuras da Casa, o tucano é sem dúvida alguma o favorito para vencer a eleição, mas é preciso com muito cuidado observar os próximos acontecimentos políticos até a data da eleição.

Amupe – A eleição para presidência da Amupe também deve acontecer no próximo mês de fevereiro e os eleitos tomando posse em março. A prefeita de Igarassu, Elcione (PSDB), tem demonstrado vontade de entrar no pleito que deverá ser contra a prefeitura de Surubim, Ana Célia (PSB).Romero Leal, prefeito de Vertentes, também ensaiou entrada nesta disputa mas já pulou fora.

Unale – O deputado estadual Diogo Moraes (PSB) tomou posse como presidente da Unale na tarde do dia 02. Ele foi eleito para o cargo, por unanimidade, em Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada na 25ª Conferência Nacional da Unale, no último mês de novembro, em Recife.

O mi mi mi – O secretário de Turismo, Daniel Coelho, disse que algumas críticas referentes aos cargos comissionados exonerados pela governadora Raquel Lyra não passam de mi mi mim de quem perdeu a eleição. “O que há, é uma dificuldade dos derrotados em aceitar o resultado das urnas. Não aceitar que perderam e que agora temos um novo governo é um péssimo comportamento. Ficar gritando por isso, é o que popularmente, chamamos de mimimi” disse Daniel.

Agenda – Nesta quinta-feira, a governadora Raquel Lyra participa da passagem de comandos da Polícia Militar, Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros de Pernambuco.